Ficha Artística / Técnica
Encenação e Interpretação Raquel Dias Assistência de Encenação Karina Jeppesen Som Sérgio Delgado Cenografia Stephane Alberto Vídeo Edgar Feldman Direcção de Produção Paula Fernandes Produção Primeiros Sintomas

Sinopse
Trata-se de uma performance/instalação muda acerca das memórias de um amor á distância guardadas no interior de um ecrã de telemóvel em forma de sms. A partir de uma colecção de sms amorosos. O ecrã como relicário do amor ausente.
O espaço é um objecto que representa o interior habitado de um ecrã de telemóvel. Dentro está uma actriz e alguns objectos que representam uma habitação e estão também retro projectadas as mensagens assim como é passado um pequeno filme de uma pessoa sem face.
A actriz não fala mas interage com os sms enviados e com o filme projectado. O som começa por ser feito a partir de toques de telemóvel até se tornar num espaço sonoro totalmente subjectivo. O terror está presente através do pressuposto de uma invasão progressiva, violenta e passional de um espaço íntimo pelos sms. O ambiente está próximo do expressionismo de um filme mudo em que as emoções estão dilatadas e deformadas. É um ser da sombra a viver num universo paralelo.
No conjunto trata-se de um mundo fantasmagórico, inventado, virtual no interior de um espaço exíguo. Mas apesar disto, um mundo que existe e é vivo de emoções. Um espaço poético, sobrenatural e erótico. Perigoso ao mesmo tempo porque é irreal e uma fraca substituição da interacção face-a-face e rapidamente se torna pernicioso.

Classificação Etária: M/ 12 anos Duração: 20 minutos s/ intervalo;

Contextualização
Este espectáculo estreou na primeira edição do festival Curtas da companhia Primeiros Sintomas, que decorreu no Espaço Ginjal em Almada, em Julho de 2008. Foi encenado por Raquel Dias, actriz da companhia.
O festival teve como objectivo realizar uma mostra de espectáculos de teatro de curta duração a acontecer num espaço físico único e amplo o suficiente de maneira a proporcionar e sugerir espaços cénicos distintos. Foram doze os espectáculos que constituíram a mostra e cada um deles teve uma natureza única e distinta da de todos os outros, pela diversidade dos criativos envolvidos – encenadores, actores, dramaturgos, músicos, cenógrafos, figurinistas, etc. – bem como pela existência de dramaturgias e conceitos distintos.